O episódio 3 da série CONEXÃO BRASIL SENEGAL: a Cultura em Nós, investiga as possíveis conexões e “parecências” entre esses dois países, através de paralelos da etnia Peul, pela perspectiva do Islamismo, relacionando-o com a expressão cultural Candomblé.
O ponto de partida da narrativa será a entidade Oxalá, do Candomblé, e sobre os Peul, em sua maioria muçulmanos, procuraremos entender sua devoção ao Deus supremo, Allah. Vamos mostrar como os ritos de ambas religiões têm aspectos parecidos: desde o colocar a cabeça no chão, em reverência à divindade, os amuletos utilizados, a importância do local sagrado e a visão da sacralização do bem comum, através do sacrifício de animais, que existe para alimentar os seus devotos e a humanidade com as bênçãos divinas.
Vamos vivenciar o dia sagrado do Eid-El-Kabir (Tabaski em Wolof), onde os muçulmanos sacralizam a vida de um cordeiro, como forma de relembrar o dilema de Abraão, que estava disposto a fazer o sacrifício de seu próprio filho, pelo bem de toda humanidade. Como acontece no Candomblé.
Para entendermos melhor as possibilidades de conexão, vamos trazer informações históricas, geográficas, sobre as locações, curiosidades e pontos de reflexão. E para trazer voz ao povo senegalês e brasileiro, vários entrevistados mostrarão sua visão e conhecimento no tema.
No Brasil, em Belo Horizonte o babalorixá Pai Sidney fala sobre a vivência, rituais e tudo que diz respeito ao Candomblé; o percussionista Camilo Gan fala sobre o ritual que envolve tocar os tambores no Candomblé; o historiador Markim Cardoso e o percussionista senegalês Mamour Ba explicam como percebem a relação entre o Candomblé e o Islamismo.
No Brasil, a mãe de santo Celina Rodrigues fala sobre sua experiência como candoblecista no Rio de Janeiro. Em São Luís, no Maranhão, Dona Zezé e Anunciação, da Casa Fanti Ashanti contam sobre sua relação com os orixás e sobre as diferenças existentes entre o Candomblé e o Tambor de Mina.
Já no Senegal, o antropólogo Harouna Thiam explica como surgiu o islamismo em seus país e suas influências nas culturas animistas que existiam na época. O imã Saydou Diop nos fala sobre os ensinamentos do Alcorão e como é ser um muçulmano. O imã e marabou Zakaria Ahmadou retrata a utilização dos gris-gris e a convivência entre as práticas animistas de antes e o islamismo de agora.
O episódio 4 da série CONEXÃO BRASIL SENEGAL: a Cultura em Nós investiga as possívels conexões e parecências entre esses dois países, através de paralelos da etnia Wallaf com a expressão cultural Dança Afr.o. O ponto de partida da narrativa será a dança do Sabar, tipicamente dançada por mulheres e acompanhada pelos tambores tocados por homens.
Em contraponto, mostraremos como no Brasil as práticas de tocar e dançar se expandiu entre homens e mulheres. Além disso, tentaremos compreender onde os passos, ritmos e movimentos senegaleses e brasileiros se encontram ou se diferenciam.
Para entendermos melhor as possibilidades de conexão, apresentaremos informações históricas, geográficas, sobre as locações, curiosidades e pontos de reflexão. E para trazer voz aos povos senegalês e brasileiro, vários entrevistados mostram sua visão e conhecimento no tema.
No Brasil, Marlene Silva, a precursora da Dança Afro em Minas Gerais, e Evandro Passos, dançarino e coreógrafo mineiro que foi seu aluno, falam um pouco sobre essa expressão cultural.
Já no Senegal, descobriremos a Dança Africana através da técnica desenvolvida por Germaine Acogny, diretora e coreógrafa da École des Sables. Para falarmos do Sabar, que significa simultaneamente a dança, o instrumento e a maneira de tocar, entrevistamos Elhadji Rose, filho de Doudiu Ndiaye Rose, o grande difusor do Sabar no continente africano do século passado, responsável pela difusão de sua pratica em todo o mundo.
O episódio 5 da série CONEXÃO BRASIL SENEGAL: a Cultura em Nós investiga as possíveis conexões e “parecências” entre esses dois países, através de paralelos da etnia Serere com as expressões culturais Rap e Slam. O ponto de partida da narrativa é o Tassu, prática ancestral dos Serere que surgiu muito antes desses movimentos contemporâneos, mas se assemelha através da prática comum de utilizar a poesia musicada como forma de protesto social.
Para entendermos melhor tais possibilidades de conexão, apresentaremos informações históricas e geográficas sobre as locações, curiosidades e pontos de reflexão. E para trazer voz aos povos senegalês e brasileiro, vários entrevistados mostram sua visão e conhecimento no tema.
No Brasil, fazemos uma imersão na cena cultural de Belo Horizonte, Minas Gerais. Sérgio Pererê, músico brasileiro e descendente Diola, nos conta um pouco de sua música e sua vivência ao descobrir seus antepassados e o tipo de protesto traz em suas composições. Roger Deff, MC mineiro e expoente da música de protesto em BH, oferece um panorama do Rap na cidade, além de explicar a essência desse ritmo. Nívea Sabino, poetisa e slammer, fala sobre o que é o Slam e sua relação com a ocupação dos espaços da cidade, além de. acompanharmos um duelo de Slam. Mamour Ba, percussionista senegalês, fala como é pra ele a relação do Tassu com o Rap, sob a pespectiva de conhecimento dos dois países.
No Senegal, retratamos a importância da palavra e do canto para os Sereres, através das percepções da Ceéfeer Gnagna, que compartilha sua experiência de como é ser uma Ceéfeer e o seu papel na sociedade. As mulheres das cabaças contextualizam o lugar dos instrumentos nas declamações dos Ceéfeer, e como a poesia cantada em forma de protesto influencia a forma de viver dos Sereres.
O episódio 6 da série CONEXÃO BRASIL SENEGAL: a Cultura em Nós apresenta conexões e “parecências” entre os países através de paralelos culturais da etnia Soninke com a expressão cultural reggae.
O ponto de partida da narrativa será a etmologia da palavra Reggae, que para osSoninkes significa dança. A conexão entre o reggae e os Soninkes se dá também pelo cultivo dos dreadlocks, um hábito hoje perdido mas que foi uma prática ancestral e fundante do povo Soninke. Por fim, conectamos duas lendas míticas envolvendo serpentes. Curiosamente tanto São Luis do Maranhão como entre os Soninkes, as serpentes são protagonistas de mitos sobre a criação de suas cidades.
Para entendermos melhor as possibilidades de conexão, buscamos informações históricas e geográficas sobre as locações, curiosidades e pontos de reflexão. para trazer voz ao povo senegalês e brasileiro,
No Brasil, Célia Sampaio Dm Reggae, a dama do Reggae nos conta um pouco do reggae no Maranhão e sua experiência com ele. AdemarDanilo, do Museu do Reggae, fala sobre a relação do patrimônio imaterial e o que é essa cultura no Maranhão. Os professores Carlos Benedito, de São Luis, e MarkimCardoso, de Belo Horizonte, contribuem com suas visões dessa cultura afro-brasileira através de uma perspectiva acadêmica. E o músico Celso Moretti apresenta o Reggae Favela e relata sua experiência como pioneiro do ritmo em Minas.
No Senegal, Magassoubi Thiondy, da Associação Soninke Bogixila, fala sobre a preservação da cultura Soninké no Sénégal. Já o professor Traore Sambe, da Universidade de Saint-Louis, nos fala das origens da etnia Soninké e sua eventual relação com o reggae. Os Touré Kunda, grupo mitico de música com ancestralidades soninké, nos mostram como essa cultura está presente na música deles. Para completar, uma visita em Bakel para descobrir os modos de vida relacionados à ambiência e às práticas culturais e tradicionais da etnia Soninké no Senegal.