CONEXÃO BRASIL SENEGAL

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A série documental “CONEXÃO BRASIL SENEGAL: A Cultura em Nós” propõe uma viagem pelos contrastes socioculturais entre Brasil e Senegal para investigar as conexões culturais entre países tão distantes, porém tão próximos. Produzida para o canal Cine BrasilTV, a série tem autoria da cineasta Carem Abreu, sócia-diretora da ATOS Central de Imagens, e do cineasta e videorrepórter senegalês Mamadou Diop, da DLM Films. O intenso processo de pesquisa histórica, de campo e gravações percorreu cerca de 71 mil km em território brasileiro e senegalês, sob a direção geral de Carem Abreu. A equipe do Senegal no período de pesquisas teve direção de Alpha Gano, da Associação Batuk de Comunicação e Cultura, e o diretor Cheikh Si, da DFL Films, assina a direção das gravações senegalesas. Com seis episódios de 26 minutos, a série “CONEXÃO BRASIL SENEGAL: A Cultura em Nós”, está disponível no CineBrasilTV. 

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EPISÓDIO 1 (26’01”)
CAPOEIRA VEIO DA ÁFRICA, AFRICANO QUEM BOTÔ

  • LOGLINE: Conexões culturais entre a Capoeira Angola e a Luta Senegalesa dos diolas, o Lamb, o berimbau e o ekoting, o atabaque e o bougarabou. 
 “Capoeira Veio da África, Africano Quem Botô” te convida a fazer uma imersão nos aspectos culturais do Senegal e desvenda conexões existentes entre a expressão cultural brasileira capoeira angola e a etnia diola. O ponto de partida dessa história inicia na relação existente entre a Ilha de Goré, em Dakar, de onde partiram muitos navios do tráfico negreiro, e o Cais do Valongo, na capital do Rio de Janeiro, onde desembarcaram milhares de pessoas escravizadas. O professor de história da África, Marcos Cardoso, e a ialorixá Celina Rodrigues vão explicar como se dá essa conexão. O músico mineiro Sérgio Pererê descobriu sua origem diola e fala sobre essa forte relação com o Senegal. 
 
O mestre Cobra Mansa explica como aconteceu a visita de Mestre Pastinha, o guardião da capoeira angola, a Dakar. Já as mestras Semme e Alcione contam sobre presença feminina no universo capoeirista. Se a capoeira é o ícone da representatividade cultural brasileira, o Senegal possui o lambe, conhecido também como luta senegalesa. O campeão do lambe, Ferdinand Sambou, e seu tio e treinador, Medard Sambou, nos contam como acontece o processo de se tornar um lutador diola. Ibou Diane, o mestre do bougarabou, explica como esse instrumento, considerado o avô dos tambores, dialogo com as ações culturais de seu povo e o atabaque brasileiro. E Jules Diata, mestre do ekoting, explica como vem sendo preservada essa tradição cultural entre os diolas e vivencia um inédito encontro entre as sonoridades do ekoting e do berimbau.

ELENCO

BRASIL, Belo Horizonte, Minas Gerais: MESTRA ALCIONE grupo candeia de capoeira angola, CELSO MORETI reggae, SERGIO PERERE world music, MAMOUR BA pop music, MARCOS CARDOSO historiador. Rio de Janeiro: CELINA RODRIGUES mãe de santo, terreiro inzo nganga dia nzaze; Valença: MESTRE COBRA MANSA, FICA fundação internacional de capoeira angola; São Luís:  MESTRA SAMME grupo laborarte, coletivo angoleiras de upaon açu. 

SENEGAL, M’Lomp: FERDINAND SAMBOU campeão luta senegalesa, MEDARD SAMBOU treinador luta senegalesa, JULES DIATTA músico ekoting. Badiana: IBOU DIANE músico bougarabou

 

LOCAÇÕES

BRASIL: Gravado em Belo Horizonte, Minas Gerais; Valença, Bahia; São Luís, Maranhão. 

SENEGAL: Mlomp e Badiana, Bignona; Ilha de Goré e Dakar, Capital. ,

EPISÓDIO 2 (26’41”)
QUEM NÃO PODE COM MANDINGA, NÃO CARREGA PATUÁ

LOGLINE: Conexões culturais entre os ritos de iniciação para a vida adulta dos mandingas (circuncisão) e o nascimento de uma nova sambista (desfile na Sapucaí).

“Quem Não Pode Com Mandinga, Não Carrega Patuá” te convida a imergir nos aspectos culturais da etnia mandinga para desvendar conexões existentes com o samba, um dos grandes expoentes da cultura brasileira. O ponto de partida é o contrastes do rito de iniciação das crianças mandinga para a vida adulta, e o nascimento de uma nova sambista. No Brasil, Cacá Nascimento, a jovem carioca destaque no Carnaval da Escola de Samba Mangueira, divide os desafios dessa conquita. Para falar da origem do samba, Gracy Mary Moreira, bisneta da Tia Ciata, conta um pouco da vida dessa mãe de santo que presenciou a criação do samba no Brasil. Desireé, do Museu do Samba, e Walmir Pimentel, falam sobre o contexto social e histórico do samba, e a relevância da Pedra do Sal.
 
Dois cidadãos do samba, Mestre Conga e Dona Eliza, nos contam como é dedicar toda uma vida a essa cultura. Camilo Gan e o grupo Samba de Terreiro mostram a inerface entre a mandinga do samba de terreiro e o candomblé. O historiador Marcos Cardoso aborda a contribuição do povo mandinga para a Revolta dos Malês na Bahia e a relação existente entre gri-gris e patuás. No Senegal, as crianças mandingas partilham a sua experiência de iniciação na vida adulta. Fafouna, a mãe e avó dessas crianças, mostra quais ensinamentos são repassados. Os membros da Associação Diambatulu apresentam o Djabandong, a dança específica dessa iniciação. E o marabu Solo Dianne fala dos aspectos mágicos e da importância de se manter os ritos de iniciação mandinga.
 

ELENCO

BRASIL, Belo Horizonte, Minas Gerais: DONA ELIZA sambista, MESTRE CONGA baluarte do samba de MG, MARCOS CARDOSO historiador, CAMILO GAN onilu e músico; Rio de Janeiro: CACÁ NASCIMENTO sambista, intérprete mangueira do amanhã, MÁRCIO NASCIMENTO sambista, compositor da mangueira, DESIRÉE REIS gerente museu do samba, GRACY MOREIRA bisneta de tia ciata, WALMIR PIMENTEL roda de samba da pedra do sal. 

SENEGAL: Ilele, Kolda: SOLO DIANE imã e marabout, OUMY FOFANA matriarca mandinga, ASSOCIAÇÃO DIAMBATULU preservação da cultura mandinga.

 

LOCAÇÕES

BRASIL: Gravado em Belo Horizonte, Minas Gerais; Rio de Janeiro, Capital.

SENEGAL: Ilele, Kolda; Dakar, Capital.

EPISÓDIO 3 (29’06”)
O ENCONTRO DE ALLAH COM OXALÁ

LOGLINE: Conexões culturais entre o candomblé e o islamismo dos peuls, utilização de patuás/gris-gris e sacralização de animais para proteção e o bem comunitário.

“O Encontro de Alah com Oxalá” investiga as conexões existentes entre o Brasil e Senegal a partir de paralelos da etnia peul, pela perspectiva do islamismo, relacionando-a com a expressão cultural do candomblé. O ponto de partida da narrativa é a entidade Oxalá, do candomblé, e Allah, o deus supremo dos muçulmanos. É curioso verificar como os ritos de ambas religiões têm aspectos parecidos: desde o colocar a cabeça no chão em reverência às divindades, até o uso dos amuletos para a proteção, conhecidos como patuá ou gris-gris, Vamos acompanhar o dia sagrado do Tabaski, onde os muçulmanos sacralizam a vida de um cordeiro pelo bem comum de toda humanidade.. Como acontece no camdomblé. 

Em Belo Horizonte, o babalorixá Pai Sidney explica sobre os orixás, os patuás e sua vivência no candomblé.. Em São Luís, no Maranhão, Mãe Zezé e Dindinha, da Casa Fanti Ashanti e do Tambor de Mina, fazem uma louvação a Oxalá, o Rei dos Mestres, e explicam quais são as características desse orixá. Já no Senegal, o antropólogo Harouna Thiam conta como surgiu o islamismo em seu país, atrávés dos peuls, e as mudanças causadas com a chegada dessa nova devoção. O grande imã Saydou Diop repassa os ensinamentos do Alcorão, onde não existe espaço para a intolerância religiosa, e o imã e marabou Zakaria Ahmadou explica os motivos da sacralização dos cordeiros no Tabaski. Ele também ensina como se produz os gris-gris, os amuletos que contém trechos sagrados do alcorão, produzidos também pelos muçulmanos.

ELENCO

BRASIL, Belo Horizonte, Minas Gerais: PAI SIDNEY Babalorixá Terreiro de Candomblé Ilê Wopo Olojukan, CAMILO GAN Onilu e Músico  Educador da Cultura Negra. Maranhão, São Luís:  MÃE ZEZÉ de IEMANJÁ Ekedi d’Oxaguian Casa Fanti Ashanti, DINDINHA de OXUM  Mãe Pequena Casa Fanti Ashanti. 

SENEGAL: Saint Louis, Ndioum: SAYDOU DIOP imã Ratib (grande imã), ZAKARIA AHMADOU THIOUNE Imã e Marabout, HAROUNA THIAM antropólogo ex-prefeito.  

 

LOCAÇÕES

BRASIL: Gravado em Belo Horizonte, Minas Gerais; São Luís, Maranhão. 

SENEGAL: Ndioum, Saint Louis; Thies e Dakar, Capital.

EPISÓDIO 4 (28’36”)
DANÇA AFRO, UM JEITO QUE O CORPO DÁ

  1. LOG LINE: Conexões culturais entre a dança afro e o sabar dos wolofs, um instrumento e uma dança. Influência da Ecole des Sables na dança afro-brasileira.
“Dança Afro, um Jeito que o Corpo Dá” imerge nas conexões existentes entre Brasil e Senegal a partir de paralelos entre aspectos culturais da etnia wolof e da expressão cultural dança afro. Nosso ponto de partida é o sabar, um instrumento e ao mesmo tempo um ritmo e uma dança do povo wolof. Em contraponto, veremos como a dança contemporânea senegalesa tem influenciado o desenvolvimento da dança afro no Brasil. Além disso, vamos experienciar as conexões existentes entre ritmos e movimentos senegaleses e brasileiros. 
 
Para trazer voz ao povo senegalês e brasileiro, vários entrevistados mostrarão sua visão e conhecimento do tema. No Brasil, a saudosa Marlene Silva, precursora da dança afro em Minas Gerais, nos concedeu sua última entrevista junto com seu ex-aluno, Evandro Passos, expoente da dança afro em Belo Horizonte. No episódio, eles compartilham das suas vivências com essa expressão cultural que moldou seus corpos, suas vidas e ações sociais. 
 
Já no Senegal, vamos descobrir como a dança africana dialoga com a dança afro belo-horizontina através das técnicas desenvolvidas por Germaine Acogny, diretora e coreógrafa da École des Sables, capaz de construir com elementos gestuais ancestrais o que existe de mais avançado na dança contemporânea. No âmbito da música, El Hadji Rose nos conta como seu pai, o percussionista senegalês Doudou N’Daye Rose, contribuiu para a difusão do sabar em todo mundo. Vem experimentar esse jeito gostoso que o corpo dá!

ELENCO

BRASIL Minas Gerais, Belo Horizonte: EVANDRO PASSOS Companhia Bataka, JUNIA BERTOLINO Companhia Boabá, MARLENE SILVA Companhia Danç’Arte, MAMOUR BA Conexão Tribal músico senegalês e brasileiro. 

SENEGAL, Dakar e Toubab Dialou: EL HADJ N’DAYE ROSE percussionista senegalês filho de DOUDOU N’DAYE ROSE, GERMAINE ACOGNY coreógrafa e criadora da Ecole des Sable. 

 

LOCAÇÕES

BRASIL: Gravado em Belo Horizonte, Minas Gerais; Rio de Janeiro, Capital. 

SENEGAL: Toubab Dialou e Dakar, capital.

EPISÓDIO 5 (26’26”)
PROTESTO SONORO

LOGLINE: Conexões culturais entre o rap e o slam, e o taassu dos sereres, que utilizam o canto e a poesia para reivindicar direitos e manter a sua cultura e história.

 

 

 

 

“Protesto Sonoro” te convida a fazer uma imersão nos aspectos culturais da etnia serere e desvenda paralelos e conexões com as expressões culturais rap e slam no Brasil. O ponto de partida dessa estória é o Tassu, prática ancestral dos sereres que se assemelha ao rap e ao slam, através do fato comum de utilizar a poesia musicada como forma de protesto social. 

No Brasil, mergulharemos na cena cultural alternativa e urbana da capital de Minas Gerais. Roger Deff é MC e expoente da música de protesto em Belo Horizonte. Ele oferece um panorama do rap na cidade, além de explicar a essência desse ritmo e como ele influencia e dialoga com sua obra. O compositor, músico e multiinstrumentista Sérgio Pererê nos conta porque criou o espetáculo “Bala da Palavra”, que utiliza hits da música popular brasileira como forma de reflexão social.

Nívea Sabino, poetisa e slammer, explica como funciona o slam e sua relação com a ocupação dos espaços urbanos. Junto com Joi Gonçalves, elas nos convidam para acompanharmos uma noite da batalha no Slam do Amor. Mamour Bah, percussionista senegalês radicado em BH, nos conta como é para ele a relação do Tassu com o rap. 

Já no Senegal, a ceéfer Gnagna fala da importância da palavra e do canto para os sereres, através do compartilhamento de sua experência de como é ser uma ceéfer e o papel de destaque das mulheres na sua comunidade. Os ceéefers Gnagna e Charles contextualizam o uso das cabaças como instrumento e nos mostram como a poesia cantada em forma de protesto influencia a forma de viver dos sereres.

ELENCO

BRASIL, Minas Gerais, Belo Horizonte: ROGER DEFF, MC; SÉRGIO PERERÊ, músico, espetáculo Bala da Palavra; NÍVEA SABINO, poetisa e slammer; JOI GONÇALVES, slamme, Slam do Amor; MAMOUR BAH, músico, grupo African Beat. 

SENEGAL, Joal-Fadiouth: GNAGNA e CHARLES: ceéfer.

LOCAÇÕES

BRASIL: Gravado em Belo Horizonte, Minas Gerais;

SENEGAL: Joal e Joal-Fadiouth, Fatick.

EPISÓDIO 6 (33’59”)
É LEGAL SER NEGÃO NO SENEGAL

LOGLINE: Conexões culturais entre o reggae, a dança dos guerreiros soninkes, que reivindicam a origem do reggae, o reggae favela de Minas Gerais e do reggae maranhense dançado juntinho.

“É Legal Ser Negão no Senegal” te convida a fazer um mergulho nas conexões culturais existentes entre o reggae vivenciado no Brasil e o reggae dos soninkes. O ponto de partida é a etimologia da palavra reggae, de origem soninke, que significa dança. A conexão é nítida através do cultivo dos dreadlocks, penteado ancestral dos guerreiros soninkes muito comum para quem é do reggae. Outra similaridade entre as duas culturas diz respeito às lendas míticas envolvendo serpentes. 

Para entender melhor essas conexões, no Brasil você vai conhecer a voz de Célia Sampaio, a Dama do Reggae. Ela fala sobre o surgimento do reggae no Maranhão e sua experiência como compositora e cantora desse ritmo libertador. Ademar Danilo, do Museu do Reggae, explica como o reggae que se dança no Maranhão de forma única, bem juntinho, se transformou em patrimônio imaterial cultural do estado. Os professores Carlos Benedito e Marcos Cardoso refletem sobre esse aspecto da cultura afro-brasileira. E o músico Celso Moretti apresenta o reggae-favela, contando sua experiência como pioneiro desse ritmo em Minas Gerais.

No Senegal, o agente cultural Koly Bathily, Thiondy Mangassouba, membro de uma associação de preservação da cultura soninke, e o professor Samba Traore explicam o porque de os soninkes estarem reivindicando a origem do reggae. A trupe Soninkara, grupo mítico de música com ancestralidade soninke, mostra como o reggae está presenta na música, na dança e no cotidiano de seu povo.

ELENCO

BRASIL, Minas Gerais, Belo Horizonte: CELSO MORETI  precursor do Reggae em Minas Gerais, MARCOS CARDOSO professor de História da África. Maranhão, São Luís: ADEMAR DANILO gerente Museu do Reggae, CÉLIA SAMPAIO Cantora_Dama do Reggae, CARLOS BENEDITO antropólogo especialista em reggae Universidade Federal do Maranhão.

SENEGAL, Bakel Tuabou: KOLY BATHILLY líder comunitário e cultural, TRUPE SONINKARÁ. Dakar: THIONDY MANGASSOUBA Associação Boguxusa, Saint Louis SAMBA TRAORE historiador, sociólogo, antropólogo e etnólog0, Gaston Berger University. 

 

LOCAÇÕES

BRASIL: Gravado em Belo Horizonte, Minas Gerais; São Luís, Maranhão.

SENEGAL: Saint Louis, capital; Tuabou, Bakel, Tambacounda; Dakar, capital.